AM: Indígenas bloqueiam rodovia contra reintegração de posse

Indígenas de várias etnias bloquearam o trânsito da BR-174 contra um pedido de reintegração de posse movido pelo grileiro Djalma Castelo Branco. O magnata já havia feito um pedido antes, mas a exigência infundada foi negada pela justiça.

Indígenas bloquearam rodovia contra pedido de reintegração de posse de grileiro. Foto: Reprodução

Indígenas de várias etnias bloquearam no dia 22 de janeiro o trânsito da BR-174 em um protesto contra um processo de reintegração de posse movido pelo magnata e grileiro Djalma Castelo Branco. Os povos indígenas residem na Comunidade Indígena Aliança Com Deus II e denunciam que as terras que Djalma alega serem dele são na verdade griladas.

A manifestação teve início às 8 horas da manhã de segunda-feira e paralisou completamente uma via da rodovia. Os manifestantes gritaram palavras de ordem com a exigência de Queremos moradia!.

Indígenas de diversas etnias participaram do protesto. Foto: Banco de Dados AND

Segundo a Cacique Suzi Mura, liderança comunitária local, as manifestações não vão parar até que haja resposta das autoridades. “Nós estamos somente fazendo uma reivindicação por moradia, porque nós somos dignos, como qualquer outra pessoa. Nós temos 30 etnias aqui e precisamos de moradia”, disse ela ao portal Radar Amazônico.

A Comunidade Indígena Aliança Com Deus II já existe há mais de um ano nas imediações da BR-174, rodovia que liga Manaus (AM) – Boa Vista (RR). Segundo os manifestantes, a comunidade abriga cerca de 300 famílias, com casas, comércios, etc.

O magnata Djalma Castelo Branco

As terras dos indígenas estão sob risco de serem roubadas pelo grande burguês e conhecido grileiro Djalma Castelo Branco. O magnata já havia tentado reivindicar as terras antes, mas teve o pedido negado na justiça em dezembro de 2023. Agora, moveu um outro pedido de reintegração de posse.

Além de acusado de grilagem de terras, Djalma também está sendo investigado por cárcere privado e tráfico de mulheres, após, em novembro de 2023, mulheres o denunciarem publicamente por as manterem em sua mansão presas por mais de 10 dias.

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